Consumidores, o centro da MUDANÇA

O comportamento dos consumidores vem mudando nos últimos anos. Com o acesso a informação e olhar corporativo, eles se tornaram mais exigentes e mais conscientes. Um movimento que converge e torna viável a economia solidária. Preocupação com a própria saúde, com qualidade dos produtores, as formas de produção e seus cuidados com recursos naturais, a possibilidade de contato direto com o produtos e menor custo são levados em consideração na hora de adquirir um bem de consumo ou serviço.

Segundo uma pesquisa do Serviço de Produção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), três em cada dez brasileiros são consumidores conscientes, sob aspectos financeiros, ambientais e sociais.

"Tivemos uma mudança de cultura. Os consumidores estão mais esclarecidos. Eles se importam em como são feitos os produtos e quem são as pessoas envolvidas", aponta Cristiane Riffel, da ITCP.

Ou seja, mesmo não inseridos em uma empresa solidária, os consumidores com com perfil consciente estão contribuindo para a sobrevivência e expansão dos empregos dos empreendimentos. Escolher comprar alimentos orgânicos direto do produtor ao invés do agronegócio, ou optar por um presente feito por artesões locais em vez de produtos importados da China, significa escolher quem vai ser beneficiado. Se é aquela empresa que respeita o trabalhador, que se preocupa com a maneira de produção, o tipo de matéria prima, os resíduos gerados. "É entender o todo", indica Leila Severo Martins.

"Comprar dos empreendimentos solidários é uma forma direta de apoiar o desenvolvimento local e fazer essa rede girar", destaca Márcia Sousa, articuladora do E-sol. Em Itajaí, os consumidores têm a possibilidade de encontrar produtos e serviços de empreendedores solidários no Cepesi e nas feiras espalhadas pela cidade.

Fonte: Revista E-SOL