ITCP participa do 13º Fórum Social Mundial, em Salvador (BA).

Entre os dias 13 e 17 de março, a cidade de Salvador recebeu a 13ª edição do Fórum Social Mundial (FSM), um encontro internacional que promoveu a celebração da diversidade. Com o lema “Resistir é criar, resistir é transformar”, o FSM contou com mais de 1,5 mil atividades ao longo da semana, como marchas político-culturais, atos democráticos e assembleias para integração de povos e territórios resistentes.

Através da Coordenadora Leila Severo e da Analista de Projetos Fabiana Oliani, a ITCP marcou presença no FMS durante a semana de programação bastante agitada, representando a Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Como integrantes do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, elas organizaram junto às representações do FBES as atividades de maior relevância do Fórum, como a Tenda da Economia Solidária, que contou com a participação de representantes de 15 estados, reunidos com o objetivo de discutiu ajustes de estratégias políticas da economia solidária e a participação no III Fórum Mundial Social de Economia Solidária, que será realizada no mês de julho em Santa Maria (RS).

O primeiro do FMS começou cedo com a Marcha de Abertura, na qual o público percorreu o trajeto que partiu do Teatro Castro Alves até as ruas do Pelourinho, com o objetivo de atrair e engajar o povo da cidade da orla até as periferias. Em um mês de baixa movimentação, a capital baiana atraiu muitos turistas durante os cinco dias de evento, que estima a participação de cerca de 60 mil pessoas de 120 países (mais da metade dos países participantes da ONU).

A luta feminina, que ficou ainda mais forte neste mês devido ao assassinato de Marielle Franco (vereadora carioca que marcaria presença na mesa Vamos de Preto no dia 16), foi um dos assuntos amplamente discutidos durante o Fórum. A Marcha Marielle Presente, a Assembleia Mundial de Mulheres e também o Fórum Permanente de Mulheres Negras, todos com representantes africanas, indígenas, latinas e caribenhas, comprova que a causa se manteve firme mesmo diante dos acontecimentos dos últimos dias. As pautas reuniram 10 pontos inegociáveis da luta feminina, voltados contra o feminicídio e a favor da justa democracia, sempre com muita energia e sem restrições ao público masculino que também estava presente.

As atividades inscritas foram autogestionadas, ou seja, responsáveis pela própria realização, e contaram com a do FMS para o seu desenvolvimento. Nos espaços foram promovidas ações que iam do movimento hippie às tendas de agricultura familiar, e encontros mundiais como o Fórum Mundial da Água e o Acampamento Mundial da Juventude.

A Ágora dos Futuros encerrou as atividades do FMS na tarde de sábado (17/03), lançando uma nova luz sobre as relações entre os participantes. A dinâmica, que consiste em um momento de debates, articulações e integrações, foi realizada na Praça das Artes da UFBA, visando o compartilhamento de ideias e propostas resultantes das experiências vividas nos cinco dias de Fórum. Após a Ágora, foi dado início à elaboração do Calendário dos Futuros (documento coletivo que reúne as datas e ações solidárias planejadas para o mundo todo, de março/2018 até o fim de 2019), que precede a próxima edição do FMS, em 2020.